Agrobiodiversity in peasant swidden fields and home-gardens in the Mearim valley, Maranhão state

Keywords: family farming, babassu, traditional communities, ethnovarieties

Abstract

This study analyzed characteristics associated with the agrobiodiversity maintained by farmers in babassu areas in the Médio Mearim, Maranhão, identifying local varieties of the main species cultivated in traditional swiddens, as well as the frequency of fruit tree species, vegetables, and medicinal and condiment plants present in home-gardens. Based on interviews conducted in 1,025 households in 207 villages, varieties of rice (36), cowpea (31), maize (20), and cassava (35) were reported. In the home-gardens, 46 fruit tree species, 29 vegetables, and 73 medicinal and condiment species were identified. To better understand aspects that influence the diversity of species and varieties, the results were analyzed according to 11 variables used as stratification criteria. The analysis indicated that significant differences in the average number of vegetables were observed in relation to landholding area and retirement benefit. For medicinal and condimental vegetables, differences were observed for age group of the household head, dependence on babassu extraction, and monetary income of the household. Regarding the diversity of fruit trees cultivated, differences occurred for all the variables analyzed, except for the education of the household head. Analyzing jointly the four main species of traditional swiddens, a positive association for greater diversity occurred in quilombola territories, and a negative association for beneficiaries of the Bolsa Família Program. These results confirm that swidden field is a peasant institution that persists, featuring a significant diversity of traditional varieties, which is not sufficiently affected by factors endogenous to the domestic unit of production.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ALBARELLO, E. J.; SILVA, M. T.; GÖRGEN, S. Casa de sementes crioulas: caminho para autonomia na produção camponesa. Porto Alegre: Instituto Cultural Padre Josimo, 2009.

ARAÚJO, F. D. C. B. D.; MOURA, E. F.; CUNHA, R. L.; FARIAS, J. T. D.; SILVA, R. D. S. Chemical root traits differentiate ‘bitter’and ‘sweet’cassava accessions from the Amazon. Crop Breeding and Applied Biotechnology, v. 19, p. 77-85, 2019. DOI: 10.1590/1984-70332019v19n1a11.

ASSEMA - Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão. Diagnóstico socioeconômico da agricultura familiar no Médio Mearim: agosto-novembro 2017. Pedreiras, MA: ASSEMA, 2018. Relatório não publicado.

BALÉE, W. Análise preliminar de inventário florestal e a etnobotânica Ka’apor (Maranhão). Bol. Mus. Paraense Emílio Goeldi, v. 2, n. 2, p. 141-167, 1986.

BEVILAQUA, G. A. P.; ANTUNES, I. F.; BARBIERI, R. L.; SCHWENGBER, J. E.; SILVA, S. D. A.; LEITE, D. L.; CARDOSO, J. H. Agricultores guardiões de sementes e ampliação da agrobiodiversidade. Cadernos de Ciência & Tecnologia, v. 31, n. 1, p. 99-118, 2014.

CARVALHO, H. M. D. O camponês, guardião da agrobiodiversidade. Boletim Dataluta, Artigo do mês, julho, 2013. Núcleo de Estudos, Pesquisas e Projetos de Reforma Agrária. Disponível em: http://www2.fct.unesp.br/nera/artigodomes/7artigodomes_2013.pdf. Acesso em: 21 out. 2021.

ELTETO, Y. M. As sementes crioulas e as estratégias de conservação da agrobiodiversidade. (2019). Dissertação (mestrado). Universidade Federal de Viçosa, Programa de Pós-graduação em Agroecologia. Viçosa, MG, 2019. URI: https://locus.ufv.br//handle/123456789/27434

EMPERAIRE, L. Elementos de discussão sobre a conservação da agrobiodiversidade: o exemplo da mandioca (Manihot esculenta Crantz) na Amazônia brasileira. Seminário: Avaliação e Identificação de Ações Prioritárias para a Conservação, Utilização Sustentável e Repartição dos Benefícios da Biodiversidade da Amazônia Brasileira. Macapá, 20-25 setembro de 1999. Disponível em: https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/L4D00044.pdf. Acesso em: 26 jan. 2021.

FERNANDES, G. B. Sementes crioulas, varietais e orgânicas para a agricultura familiar: da exceção legal à política pública. 2017. In: Sambuichi, R.H.R ... [et al.] [Eds.]. A política nacional de agroecologia e produção orgânica no Brasil: uma trajetória de luta pelo desenvolvimento rural sustentável. Brasília: Ipea, 2017, p. 327-358.

FERREIRA, L. B.; RODRIGUES, M. O.; COSTA, J. M. Etnobotânica das plantas medicinais cultivadas nos quintais do bairro de Algodoal em Abaetetuba/PA. Revista Fitos, Rio de Janeiro, v. 10, n. 3, p. 220-372, 2017. DOI: 10.5935/2446-4775.20160020

FONSECA, J. R.; RANGEL, P. H. N.; BEDENDO, I. P.; SILVEIRA, P. M. D.; Guimarães, E. P.; CORADIN, L. Características botânicas e agronômicas de cultivares e raças regionais de arroz (Oryza sativa L.), coletadas no estado do Maranhão. EMBRAPA-CNPAF: Boletim de Pesquisa 1, 1982.

GUARÇONI, E. A. E; COSTA, D. M. T; ARAÚJO, V. Levantamento etnobotânico de plantas medicinais utilizadas no Quilombo Piratininga, município de Bacabal, Maranhão, Brasil. Revista Cubana de Plantas Medicinales, v. 25, n. 3: e858, 2020. DOI: 10.1590/S1516-05722012000200010

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Agropecuário 2017. Rio de Janeiro, 2019. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2017. Acesso em: 15 ago. 2021.

———. Censo Demográfico 2010: Resultados do universo - características da população e dos domicílios. Rio de Janeiro, 2010. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censodemografico/demografico-2010/inicial. Acesso em 15 ago. 2021.

———. Censo Agropecuário 2006: segunda apuração. Rio de Janeiro, 2006. Disponível em: https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-agropecuario/censo-agropecuario-2006/segundaapuracao. Acesso em: 15 ago. 2021.

———. IX Recenseamento Gral do Brasil- 1980. Censo Agropecuário. Volume 2 - Tomo 3 - Número 7: Maranhão. Rio de Janeiro, Fundação IGBE, 1983.

MACHADO, A. T.; SANTILLI, J.; MAGALHÃES, R. A agrobiodiversidade com enfoque agroecológico: implicações conceituais e jurídicas. Embrapa. Texto para Discussão, 34, 2008.

MARCHETTI, F. F. Manejo de variedades de mandioca em áreas de reforma agrária: manutenção ou perda de agrobiodiversidade? Tese de Doutorado (Ecologia Aplicada). Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Piracicaba, 2018. DOI: 10.11606/T.91.2019.tde-28112018-183143

MARCHETTI, F. F.; MASSARO JR, L. R.; AMOROZO, M. C. M.; BUTTURI-GOMES, D. Maintenance of manioc diversity by traditional farmers in the state of Mato Grosso, Brazil: a 20-year comparison. Economic Botany, v. 67, n. 4, p. 313-323, 2013. DOI: 10.1007/s 1223 1-0 13-9246-3.

MARTINS, P. S. Biodiversity and agriculture: patterns of domestication of Brazilian native plants species. Anais da Academia Brasileira de Ciências, v. 66, Suplemento 1, p. 219-226, 1994.

MAY, P. H. Transformações agrárias nos babaçuais do Maranhão. Revista de Economia e Sociologia Rural, v. 25, n. 1, p. 119-134, 1987.

MONTELES, R.; PINHEIRO, C. U. B. Plantas medicinais em um quilombo maranhense: uma perspectiva etnobotânica. Revista de Biologia e Ciências da Terra, v. 7, n. 2, p. 38-48, 2007.

MOUZER, M. V. D. S. Espaços nos tempo, tempos nos espaço na formação da agrobiodiversidade quilombola: processos de invenção cultural nas chácaras da Comunidade Quilombola do Limoeiro, RS. Dissertação (Mestrado) Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural. Porto Alegre, RS, 2015. URI: http://hdl.handle.net/10183/172479

PEREIRA, V. C. A conservação das variedades crioulas como prática de agricultores no Rio Grande do Sul. Tese (Doutorado), Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Ciências Econômicas, Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural. Porto Alegre, RS, 2017. URI: http://hdl.handle.net/10183/164755

PEREIRA, V. C.; DAL SOGLIO, F. K. As dimensões da conservação da agrobiodiversidade no Rio Grande do Sul. Desenvolvimento Rural Interdisciplinar, v. 2, n. 2, p. 63-84, 2020.

PORRO, R. Palms, pastures, and swidden fields: the grounded political ecology of “agro-extractive/shifting-cultivator peasants” in Maranhão, Brazil. Human Ecology, v. 33, n. 1, p. 17-56, 2005. DOI: 10.1007/s10745-005-1654-2

PORRO, R.; PORRO, N. S. M. Identidade social, conhecimento local e manejo adaptativo de comunidades tradicionais em Babaçuais no Maranhão. Ambiente & Sociedade, v. 18, n. 1, p. 1-18, 2015. DOI: 10.1590/1809-4422ASOC507V1812015en

PORRO, R.; PORRO, N. S. M. Agência e contingência no acesso à terra e reprodução social camponesa no vale do rio Mearim, estado do Maranhão. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 15, n. 3, e20190144, 2021. DOI: 10.1590/2178-2547-BGOELDI-2019-0144

REGO, C. A. R. D. M; ROCHA, A. E., OLIVEIRA, C. A. D; PACHECO, F. P. F. Levantamento etnobotânico em comunidade tradicional do assentamento Pedra Suada, do município de Cachoeira Grande, Maranhão, Brasil. Acta Agronómica, v. 65, n. 3, p. 284-291, 2016. DOI: 10.15446/acag.v65n3.50240

STELLA, A.; KAGEYAMA, P. Y.; NODARI, R. Políticas públicas para a agrobiodiversidade. In: Agrobiodiversidade e diversidade cultural, p. 41-56. Brasília, DF: MMA, 2006.

Published
2022-06-03
Section
Scientific Articles