PROTEÇÃO INTELECTUAL E ANÁLISE DE MERCADO DA BIODIVERSIDADE BRASILEIRA
Resumo
Este trabalho analisou os mercados de medicamentos e fitomedicamentos relacionando-os com a proteção intelectual das pesquisas científicas na área, bem como a atuação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária na proteção de tecnologias oriundas da biodiversidade brasileira. Os dados mostraram que apenas uma pequena parcela dos 22% de todas as espécies de vegetais e animais do planeta tem sido pesquisada cientificamente com relação ao seu potencial de produção de fármacos, extratos vegetais, inseticidas, corantes naturais, e derivados. Alem disso, observou-se que através dos conhecimentos indígenas e das comunidades tradicionais pode-se obter uma redução nos custos e no tempo de pesquisa científica tecnológica para obtenção de um novo produto farmacológico. Através das analises das tecnologias protegidas na área, verificou-se uma forte tendência da biodiversidade brasileira se estabelecer como fator estratégico no âmbito do crescimento da demanda por produtos naturais, com destaque aos fitomedicamentos e cosméticos. O trabalho concluiu que, para fazer jus às expectativas, faz-se necessário o desenvolvimento de estratégias tecnológicas de cunho comercial que se foque no fechamento do ciclo da inovação, fomentando a criação de pontes entre a pesquisa e o mercado. Nesse sentido é importante o estímulo da cultura protecionista dos resultados de pesquisa e a valorização das patentes como indicador de produtividade. A criação de departamentos/setores ou núcleos tecnológicos de propriedade intelectual nas universidades e centros de pesquisa 6 importante para fortalecer o sistema de patenteamento.
Downloads
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho em repositório institucional ou como capítulo de livro, desde que citem a Revista. Como o acesso aos artigos da Revista é gratuito, estes não poderão ser utilizados para fins comerciais. Os conteúdos publicados são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores. No entanto, os editores poderão proceder a ajustes textuais, de adequação às normas da Revista e à ajustes ortográfico e gramatical, visando manter o padrão culto da língua e do periódico. A não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).