CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DE Triplaris surinamensis Cham. (TACHI PRETO DA VíRZEA): FENOLOGIA, BIOMETRIA E GERMINAÇÃO DE SEMENTES
Resumo
Este trabalho tem como objetivo estudar as características fenológicas, a biometria da semente Triplaris surinamensis Cham (tachi preto da várzea), assim como o efeito do substrato na germinação dessa Poligonaceae, de modo a gerar subsídios para a formação de florestas de produção e de proteção. Os estudos foram realizados na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), localizada em Belém (1° 28'0" S, 48°27' 0") no estado do Para. As observações fenológicas foram realizadas em 10 arvores adultas de tachi preto da várzea existentes no Campus da UFRA, em Belém. A biometria de sementes foi realizada em condições de laboratório e foi baseada nas Regras para Analise de Sementes (RAS). O experimento sobre germinação em diferentes substratos foi conduzido em casa de vegetação. O delineamento utilizado foi inteiramente ao acaso com quatro tratamentos (substratos) e seis repetições. Cada repetição foi composta por 54 sementes, as quais foram colocadas para germinar diretamente em tubetes plásticos, a uma profundidade de 0,5 cm. Os tratamentos testados foram: T1 (terra preta 100%), T2 (terra preta e esterco de galinha curtido, na proporção 3:1), T3 (terra preta e moinha de carvão, na proporção 3:1), T4 (terra preta e composto organic°, na proporção 3:1). As avaliações do número de sementes germinadas foram realizadas diariamente. Os parâmetros analisados foram: porcentagem de germinação e Índice de velocidade de germinação (1VG). Os resultados encontrados mostraram que a floração e frutificação ocorrem nos meses de agosto a setembro, no período menos chuvoso, podendo se prolongar ate outubro quando então ocorre a dispersão natural. As sementes de T surinamensis são poligonadas, de tamanho pequeno e são dispersas por via anemocórica. Os substratos terra preta 100%, terra preta e composto orgânico 3:1 e terra preta e esterco de galinha curtido 3:1, influenciaram de forma favorável na germinação do T. surinamensis sendo, portanto, os mais recomendados para a formação de mudas. Devido ao seu potencial para recuperação de áreas degradadas, especialmente de mata ciliar, há necessidade de pesquisas com T surinamensis nas áreas de ecologia e silvicultura.
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