Viabilidade econômica de sistemas agroflorestais em áreas de agricultores familiares no Pará, Brasil 1
Resumo
A viabilidade econômica dos sistemas agroflorestais é questionada, por tratar-se de sistemas mais complexos e que envolvem maiores riscos e incertezas do ponto de vista econômico. Assim, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a viabilidade econômica de cinco sistemas agroflorestais, estabelecidos por agricultores familiares de Nova Timboteua, Pará. Os dados referentes às despesas e receitas para cada sistema agroflorestal foram coletados por meio de entrevistas estruturadas, observação direta, calendário agrícola e inventário florístico a 100% de intensidade. A viabilidade econômica foi avaliada pelos indicadores valor presente líquido, taxa interna de retorno e razão benefício/custo. Todos os sistemas agroflorestais analisados são economicamente viáveis no planejamento de 10 anos, às taxas de desconto de 6 e 8% ao ano. Estes sistemas apresentaram receitas líquidas negativas até o terceiro ou quarto ano. O sistema agroflorestal capoeira melhorada com Theobroma grandiflorum (Willdenow ex Sprengel) (cupuaçuzeiro) e criação de Apis Melífera L. (abelha) proporcionou o maior retorno financeiro, podendo ser considerado como uma alternativa sustentável para a prática da derrubada e queima e redução do desmatamento na Região Amazônica. O sistema agroflorestal multiestrata, contendo Cocus nucifera L. (coqueiro) Citrus limon L. (limoeiro), Passiflora edulis Sims (maracujazeiro), Vigna unguiculata L. Walp. (feijão caupi) e Manihot esculenta Crantz (mandioca), foi o que apresentou menor retorno econômico.
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