Plasticidade foliar e produção de biomassa seca em Copaifera langsdorffii Desf. cultivada sob diferentes espectros de luz
Resumo
As modificações nos tecidos internos da folha, em especial as dimensões das cavidades de armazenamento de óleo, estão condicionadas a fatores genéticos; porém, a intensidade e a qualidade da radiação podem interferir na ontogênese e na densidade dos elementos secretores. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da intensidade e da qualidade de luz sobre as características anatômicas foliares, analisando-se as cavidades secretoras de óleo e a produção de biomassa seca em plantas jovens de Copaifera langsdorffii Desf. As plantas foram cultivadas por seis meses em ambientes cobertos com malhas de polipropileno, nas cores vermelha, azul e preta com 50% e 70% de sombreamento, e a pleno sol. As plantas cultivadas sob malhas coloridas, quando comparadas com o pleno sol, não exibiram diferenças estatísticas quanto à espessura do limbo foliar - vermelha (344,08 μm), azul (349,48 μm), preta 50% (325,22 μm) e preta 70% (336,48 μm) - nem quanto ao diâmetro dos feixes vasculares da nervura central - pleno sol (14,60 μm), vermelha (16,12 μm), azul (14,76 μm) preta 50% (14,76 μm) e preta 70% (15,48 μm); no entanto, as plantas apresentaram diferenças quanto à densidade estomática, aos diâmetros das cavidades secretoras e à biomassa seca. A formação de mudas de Copaifera langsdorffii Desf. com o uso de malha azul com sombreamento de 50% é adequada.
Downloads
Referências
ALVARENGA, A. A.; CASTRO, E. M. de; LIMA Jr. E. de C.; MAGALHÃES, M. M. Effects of different light levels on the initial growth and photosynthesis of Croton urucurana Baill. in southeastern Brazil. Revista Árvore, v.27, n.1, p.53-57, 2003.
ALMEIDA, S. M. Z. et al. Alterações morfológicas e alocação de biomassa em plantas jovens de espécies florestais sob diferentes condições de sombreamento. Ciência Rural, Santa Maria, RS, v.35, n.1, jan-fev, 2005. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-84782005000100010&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 20 jul. 2010. doi: 10.1590/S0103-84782005000100010.
BRANT, R.S.; PINTO, J.E.B.P.; ROSAL, L.F.; ALVES, C.; OLIVEIRA, C.; ALBUQUERQUE, C.J.B. Adaptações fisiológicas e anatômicas de Melissa officinalis L. (Lamiaceae) cultivadas sob malhas termorrefletoras em diferentes intensidades luminosas. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v.13 nº.4 Botucatu 2011. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1516-05722011000400012. Acesso: 10 março 2012.
BRASIL. Ministério da Agricultura e Reforma Agrária. Normas climatológicas de 1961- 1990. Brasília, 1992. 84 p.
CASTRO, E. M.; PINTO, J. E. B. P.; SOARES, A. M.; MELO, H. C.; BERTOLUCCI, S. K. V.; VIEIRA, C. V. ; JÚNIOR, E. C. L. Adaptações anatômicas de folhas de Mikania glomerata Sprengel (Asteraceae), em três regiões distintas da planta, em diferentes níveis de sombreamento. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu, v.9, n.2, p.8-16, 2007. Disponível em: http://www2.ibb.unesp.br/servicos/publicacoes/rbpm/pdf_v9_n2_2007/artigo2_v9n2_8-16.pdf. Acesso: 06 abril 2012.
COSTA, L. B. C.; CASTRO, E. M. de; PINTO, J. E. B. P.; ALVES, E.; BERTOLUCCI, S. K. V.; ROSAL, L. F.;MOREIRA, C. M. Aspectos da anatomia foliar de Ocimum selloi Benth. (Lamiaceae) em diferentes condições de qualidade de luz. Revista Brasileira de Biociências, Porto Alegre, v. 5, supl. 1, p. 6-8, jul. 2007.
DAN, H. A.; CARRIJO, M. S.; CARNEIRO, D. F.; COSTA, K. A. P.; SILVA, A. G. Desempenho de plantas sorgo granífero sobre condições de sombreamento. Acta Scientiarum. Agronomy, v. 32 nº.4 Maringá Oct./Dec. 2010. Disponível em http://dx.doi.org/10.4025/actasciagron.v32i4.5508. Acesso: 8 maio 2012.
FERREIRA, D. F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium (lavras), v. 6, p. 36-41, 2008.
GONDIM, A. R.; PUIATTI, M.; CECON, P. R.; FINGER, F. L. Crescimento, partição de fotoassimilados e produção de rizomas em taro cultivado sob sombreamento artificial Horticultura Brasileira, v. 25 nº.3 Brasília July/Sept. 2007. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0102-05362007000300019 . Acesso: 7 maio 2012.
HICKEY, L. J. Classification of the architecture of dicotyledons leaves. American Journal of Botany, Columbus, v. 60, n. 1, p. 17-33, 1973.
KRAUS, J. E.; ARDUIN, M. Manual básico de métodos em morfologia vegetal. Seropédica: EDUR, 1997. 198p.
LARCHER, W. 2004. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: RIMA Artes e Textos. 531 p.
LEE, D. W.; OBERBAUER, S. F.; JOHNSON, P.; KRISHNAPILAY, B.; MANSOR, M.; MOHAMAD, H. and YAP, S. K. Effects of irradiance and spectral quality on leaf structure and function in seedlings of two southeast asian Hopea (Dipterocarpaceae) species. American Journal of Botany, 87, 4: 447-455. 2000.
LORENZI, H. Árvores Brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil. 5. ed. Nova Odessa, São Paulo: Instituto Plantarum, v. 1, 351 p. 2008.
MARTINS, J.R. et al. Anatomia foliar de plantas de alfavaca-cravo cultivadas sob malhas coloridas. Ciência Rural, v.39, n.1, p.82-87, 2009. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-84782009000100013&script=sci_arttext>. Acesso em: 17 maio 2012. doi: 10.1590/S0103-84782008005000040.
MEIRELES, A. J. A. Desenvolvimento de mudas de palmeira - ráfia cultivada sob diferentes sombreamentos e nutrição foliar. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, MG, UFLA, v. 31, n. 6, p. 1884-1887, 2007.
NASCIMENTO, M. E.; ZOGHBI, M. G.B.; PINTO, J.E. B. P.; BERTOLUCCI, S. K.V. Chemical variability of the volatiles of Copaifera langsdorffii growing wild
in the Southeastern part of Brazil. Biochemical Systematics and Ecology 43 (2012) 1–6.
OREN-SHAMIR, M. EUGENE, E. G.; ELIEZER, S.; ADA, N.; KIRA, R.; RINAT, O.; YURI, E. G. and YOSEPHA, S. Colored shade nets can improve the yield and quality of green decorative branches of Pittosphorum variegatum. Journal of Horticultural Science and Biotechnology, v.76, n.3, p.353-361, 2001.
PINTO, J. E. B. P.; CARDOSO, J. C. W.; CASTRO, E. M.; BERTOLUCCI, S. K.; MELO, L. A.; DOUSSEAU, S. Aspectos morfofisiológicos e conteúdo de óleo essencial de plantas de alfazema-do-Brasil em função de níveis de sombreamento. Horticultura Brasileira, v. 25: 210-214. 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/hb/v25n2/15.pdf. Acesso: 03 janeiro 2012.
ROSSATTO, D. R.; HOFFMANN, W. A.; FRANCO, A. C. Características estomáticas de pares congenéricos de cerrado e mata de galeria crescendo numa região transicional no Brasil central. Acta Botânica Brasilica, v. 23 nº 2 São Paulo Apr./June 2009. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062009000200021. Acesso: 5 abril 2012.
SIEBENEICHLER, S. C.; FREITAS, G. A.; SILVA, R. R.; ADORIAN, G. C.; CAPELLARI, D. Características morfofisiológicas em plantas de Tabebuia heptaphyilla (vell.) tol. em condições de luminosidade. Acta Amazônica. vol.38 nº.3 Manaus 2008. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0044-59672008000300011. Acesso: 7 maio 2012.
SILVA JÚNIOR, J. M.; CASTRO, E. M.; RODRIGUES, M.; PASQUAL, M.; BERTOLUCCI, S. K. V. Variações anatômicas de Laelia purpurata var. cárnea cultivada in vitro sob diferentes intensidades e qualidade spectral de luz. Ciência. Rural vol.42 no.3 Santa Maria março 2012. Disponível em http://dx.doi.org/10.1590/S0103-84782012000300015
SOUZA, G. S.; CASTRO, E. M.; SOARES, A. M.; PINTO, J. E. B. P. Características biométricas e fisiológicas de plantas jovens de Mikania glomerata Sprengel e Mikania laevigata Schultz Bip. ex Baker cultivadas sob malhas coloridas. Revista Brasileira de Biociências. Porto Alegre, v. 8, n. 4, p. 330-335, out./dez. 2010. Disponível em http://www.ufrgs.br/seerbio/ojs/index.php/rbb/article/view/1453. Acesso em 18 maio 2012.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 848 p.
Os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho em repositório institucional ou como capítulo de livro, desde que citem a Revista. Como o acesso aos artigos da Revista é gratuito, estes não poderão ser utilizados para fins comerciais. Os conteúdos publicados são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores. No entanto, os editores poderão proceder a ajustes textuais, de adequação às normas da Revista e à ajustes ortográfico e gramatical, visando manter o padrão culto da língua e do periódico. A não observância deste compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorias (Nº 9.610, de 19 de fevereiro de 1998).