Crescimento diamétrico de Brosimum guianenses em uma floresta tropical após a colheita de madeira, Moju-PA
Resumo
O comportamento de Brosimum guianenses (Aubl) Huber foi avaliado em relação a diferentes tamanhos de clareiras de exploração florestal no Campo Experimental da Embrapa Amazônia Oriental, no município de Moju-Pará. Foram selecionadas nove clareiras provenientes de exploração madeireira seletiva, classificadas como pequenas (200-400 m2), médias (401-600 m2) e grandes (>600 m2). Em torno de cada clareira, instalaram-se faixas amostrais de 10 × 50 m, nas direções magnéticas Norte, Sul, Leste e Oeste. Cada faixa foi dividida em cinco parcelas de 10 m de lado, numeradas de 1 a 5 da bordadura da clareira para dentro da floresta, sendo que todos os indivíduos com DAP ≥ 5 cm foram medidos. Os indivíduos de B. guianenses apresentaram crescimento médio de 0,18 cm ano–1 em 12 anos de observação, mas isso não alterou o padrão decrescente e descontínuo da sua distribuição diamétrica. Os resultados não evidenciaram relação direta entre tamanho de clareira e crescimento durante todo o monitoramento. Todavia, o tamanho das clareiras, as direções cardinais e o período de tempo influenciaram estatisticamente o crescimento diamétrico da espécie, sendo o maior valor (0,30 cm ano–1) verificado nas grandes clareiras e nas direções Leste e Oeste, durante os três primeiros anos após a exploração. Entretanto, ao longo do estudo, essa superioridade só se manteve na direção Leste, com o crescimento na direção Oeste sendo superado pelo crescimento na direção Sul. Esses resultados permitem caracterizar B. guianenses como uma espécie com demanda intermediária por luz.
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