DIAGNÓSTICO DA RESISTÊNCIA DO Boophilus microplus, CANESTRINI, 1888 (ACARINA: IXODIDAE) EM BOVINOS LEITEIROS NA REGIÃO DE SÃO CARLOS, SÃO PAULO

  • Gilson Pereira de Oliveira Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária
  • Elaine Bernardes Mapeli
  • Alfredo Ribeiro de Freitas
  • John Furlong

Resumo

Foi pesquisada a atividade anti-ixodídica em Boophilus microplus, com teste de imersão das fêmeas ingurgitadas, partenóginas, provenientes de 25 propriedades de bovinos leiteiros, abrangendo os municípios de São Carlos, Analândia, Ribeirão Bonito, Santa Eudóxia e Itirapina, no Estado de São Paulo. Os produtos avaliados apresentaram os seguintes resultados: formamidinas (amitraz 12,5% = Amitracid 98,2% ± 6,5, Triatox 93,3% ± 4,8, Tac plus 93,2% ± 5,1); piretróides associados a fosforados (Cypermetrina + DDPV = Supocade 93,5% ± 5,0, Cypermil plus 86,5% ± 4,8, Ectoplus 73,7% ± 4,8); piretróides (Ultimate 53,2% ± 4,8 = Alfametrina; Grenade L 45,1% ± 4,8 = Cyhalometrina; Barrage 42,9% ± 4,8 = Cypermetrina; Butox 37,1% ± 4,8 = Deltametrina); fosforado (Assuntol 86,5% ± 4,8 = Coumaphos). Os amidínicos em avaliação foram os fármacos que mais se destacaram, com eficácia superior a 95%, alcançando a máxima (100%) em mais de 50% das propriedades visitadas. A associação piretróides/DDPV formou grupos de posição intermediária, demostrando eficácia de 95% entre 16 das 25 propriedades rurais. Com os piretróides isoladamente, ficou demonstrada a existência de carrapato resistente na maioria dos rebanhos das propriedades avaliadas. Estatisticamente, quando comparadas os rebanhos com os carrapaticidas utilizados, constatou-se valores não-significativos (P>0,05) em relação aos piretróides. O use na região impossibilita o controle do Boophilus microplus, além de onerar indevidamente o pecuarista. Pela enquete realizada com os produtores, obtiveram-se as seguintes respostas: (a) os carrapaticidas preferencialmente utilizados foram os fosforados piretróides e amidínicos; (b) a escolha do produto a ser usado recaí quanto ao preço mais acessível no mercado; (c) intervalo entre banho carrapaticida atinge a período inferior a 25 dias; (d) a forma de aplicação do carrapaticida é escolhida pela comodidade de manejo, sendo, de preferência, pela ordem, "pour-on", injetável e pulverização.

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Publicado
2016-03-02
Seção
Artigos Científicos

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